Televisión sin fines de lucro en la Argentina de la Ley Audiovisual: el caso de Barricada TV
Abstract
La aprobación de la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual (LSCA) en la Argentina en
2009 abrió la puerta a una modificación a fondo del sistema radiotelevisivo del país. Entre otros
motivos, porque otorgaba una clara importancia a los medios sin fines de lucro y comunitarios,
a los cuales reservaba un tercio del total del espacio radioeléctrico. De esta manera, unos actores
perseguidos hasta 2009 pasaban a protagonizar (potencialmente) un rol central en el nuevo
escenario mediático que se quería construir. Pero a finales de 2015, la situación dista mucho de
la prevista en la ley en lo referido a las televisiones comunitarias y sin afán de lucro. El presente
trabajo tiene dos objetivos. En primer lugar, describir e interpretar la aplicación de la LSCA
entre 2009 y 2015 en los aspectos relativos a la televisión sin fines lucrativos y comunitaria.
Las investigaciones previas apuntaron hacia una aplicación escasa y sesgada de estos aspectos
debido a otras prioridades del gobierno. Esto se confirma para 2015 y se añaden dudas sobre el
sector después de que el nuevo ejecutivo surgido de las elecciones de ese mismo año haya modificado
la LSCA hasta desvirtuarla. En segundo lugar, generar conocimiento original sobre las
relaciones entre Estado y medios comunitarios, un aspecto poco estudiado. Se aborda cómo se
ha pasado de la persecución a la legalización y como esta resulta ambivalente para unos actores
históricamente recelosos del Estado: si bien obtienen seguridad jurídica y recursos económicos
vía subvenciones, también constatan la necesidad de cumplir una ley exigente y un mayor
control y seguimiento de la administración. With the passing of Argentina’s Audiovisual Communication Services Law (LSCA) in 2009,
the country’s radio and TV media system went through a profound transformation. Among its
many features, the law paid special attention to nonprofit community media, to which it reserved
a third of the radio spectrum. Media actors who had been persecuted up to 2009 came to
(potentially) occupy a central role in the new media landscape that was being built. However,
towards the end of 2015, the condition of nonprofit community television differed markedly
from what had been outlined in the law. This paper has two objectives. First, it seeks to describe
and interpret LSCA’s application between 2009 and 2015 in matters concerning nonprofit
community television. Previous investigations have found the law’s application to be lackluster
and biased due to the government having other priorities. This situation remained the same
in 2015, and was aggravated when the new executive, voted into office that year, modified the
LSCA to the point of devaluing it. Second, it hopes to deepen our understanding of the relationship
between the state and community media, a subject that has received little attention. In
what follows, the paper will address how nonprofit community television in Argentina has made
the transition from persecution to legalization, and how this shift has had uncertain results for
media actors who have been historically suspicious of the state. Although they have gained legal
protection and economic resources through subsidies, they must now abide by a rigorous law
as well as greater administrative control and monitoring. A aprovação da Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual (LSCA) na Argentina no ano 2009
abriu a porta a uma modificação profunda do sistema radiotelevisivo do país. Entre outros motivos,
porque outorgava uma clara importância aos meios comunitários e sem fins lucrativos, aos
quais reservava um terço do total do espaço radioelétrico. Desse jeito, os atores perseguidos até
2009 passaram a protagonizar (potencialmente) um rol central no novo cenário midiático que se
queria construir. Mas, no final do ano 2015, a situação estava longe da prevista na lei no referido
às televisões comunitárias e sem fins de lucro. O presente trabalho tem dois objetivos. Em primeiro
lugar, descrever e interpretar a aplicação da LSCA entre 2009 e 2015 nos aspetos relativos
à televisão comunitária e sem fins lucrativos. Pesquisas prévias apontavam para uma aplicação
escassa e distorcida destes aspectos devido a outras prioridades do governo. Isso foi confirmado
para 2015 e foram adicionadas duvidas sobre o setor depois de que o novo executivo surgido das
eleições desse mesmo ano tenha modificado a LSCA até desvirtuar ela. Em segundo lugar, gerar
conhecimento original sobre as relações entre Estado e meios comunitários, um aspecto pouco
estudado. Aborda-se como passaram da persecução a legalização, e como essa legalização resulta
ambivalente para uns atores historicamente receosos do Estado: embora eles obtém garantias
jurídicas e recursos económicos através de subvenciones, também constatam a necessidade de cumprir uma lei exigente e um maior controle e seguimento da administração.