El tecnopesimismo en la prensa escrita española en el debate público sobre el impacto social de la Inteligencia Artificial

Abstract

La evolución acelerada de la Inteligencia Artificial (IA) ha intensificado eldebate público sobre sus implicaciones sociales. En este contexto, la cobertura periodística de los avances tecnológicos desempeña un papel clave en la formación de la opinión pública. Como mediadora del debate público, la prensa tiene la responsabilidad de proporcionar una cobertura crítica y equilibrada de estos temas de interés. Este estudio analiza cómo los medios representan las preocupaciones éticas sobre los efectos sociales de la IA. A partir de un corpus de 912 artículos de 12 periódicos españoles, se identificaron los temas y voces que configuraron el debate durante un mes, cinco meses después del lanzamiento de ChatGPT. Los resultados revelan los principales discursos que organizan el debate público, destacando un predominio de la perspectiva tecnopesimista, que subraya los riesgos potenciales de la IA para la humanidad y la necesidad urgente de establecer estándares éticos. Además, se muestra que las grandes empresas tecnológicas han desempeñado un rol destacado en el debate, actuando no solo como protagonistas del desarrollo tecnológico, sino también como las principales voces que impulsan la discusión, en contraste con la limitada participación de actores políticos, gubernamentales y de la sociedad civil. Aunque no se observaron diferencias sistemáticas entre los diarios analizados, surgieron algunas diferencias de posicionamiento al comparar los medios tradicionales con los nativos digitales

The rapid evolution of Artificial Intelligence (AI) has intensified public debate about its social implications. In this context, journalistic coverage of technological advancements plays a key role in shaping public opinion. As a mediator of public debate, the press has the responsibility to provide critical and balanced coverage of these important issues. This study analyzes how the media represents ethical concerns regarding the social effects of AI. Based on a corpus of 912 articles from 12 Spanish newspapers, the topics and voices shaping the debate over a one-month period, five months after the launch of ChatGPT, were identified. The results reveal the main discourses organizing public debate, highlighting a predominant technopessimist perspective that emphasizes the potential risks AI poses to humanity and the urgent need to establish ethical standards. Additionally, it shows that large tech companies have played a prominent role in the debate, acting not only as key players in technological development but also as the main voices driving the discussion, in contrast to the limited participation of political, governmental, and civil society actors. While no systematic differences were observed between the newspapers analyzed, some differences in positioning emerged when comparing traditional media with digital-native outlets

A rápida evolução da Inteligência Artificial (IA) intensificou o debate público sobre suas implicações sociais. Nesse contexto, a cobertura jornalística dos avanços tecnológicos desempenha um papel fundamental na formação da opinião pública. Como mediadora do debate público, a imprensa tem a responsabilidade de oferecer uma cobertura crítica e equilibrada desses temas de interesse. Este estudo analisa como os meios de comunicação representam as preocupações éticas sobre os efeitos sociais da IA. Com base em um corpus de 912 artigos de 12 jornais espanhóis,foram identificados os temas e vozes que configuraram o debate durante um mês, cinco meses após o lançamento do ChatGPT. Os resultados revelam os principais discursos que organizam o debate público, destacando o predomínio de uma perspectiva tecnopesimista, que sublinha os riscos potenciais da IA para a humanidade e a necessidade urgente de estabelecer padrões éticos. Além disso, observa-se que as grandes empresas de tecnologia desempenharam um papel destacado no debate, atuando não apenas como protagonistas do desenvolvimento tecnológico, mas também como as principais vozes que impulsionam a discussão, em contraste com a limitada participação de atores políticos, governamentais e da sociedade civil. Embora não tenham sido observadas diferenças sistemáticasentre os jornais analisados, surgiram algumas diferenças de posicionamento ao comparar os meios tradicionais com os nativos digitais.