Televisión criminal: registros para una historia de las noticias policiales audiovisuales en la Argentina
Abstract
Este artículo realiza un recorrido histórico por la noticia policial audiovisual en la Argentina. Su objetivo es reconstruir la trayectoria de la información sobre el crimen desde los primeros momentos de la pantalla chica hasta 2002, cuando se empiezan a estabilizar los elementos actuales de la noticia policial. Existen un déficit y una limitación dados por la falta de preservación de archivos audiovisuales en la Argentina. No obstante estas dificultades, el análisis se basa en un conjunto de materiales disponibles de manera fragmentaria, que se complementa con textos metadiscursivos publicados en la prensa gráfica, así como una revisión bibliográfica sobre el tema.
Como resultado, se propone una periodización de la historia de la noticia televisiva sobre el crimen en cuatro etapas. La etapa institucionalista se centra en la forma en la que las primeras imágenes audiovisuales (cinematográficas y televisivas) se definían a partir de la voz y la mirada policial. La segunda etapa, la casuística, se define como un momento en el que el eje está puesto en la consolidación de una relación entre audiencias y noticieros, a través de la cercanía que permite la preocupación por el crimen. En la tercera etapa, la sensacionalista, la ficción se entrelaza con la información y el periodista se transforma en un detective que sale en busca de las preocupaciones de las audiencias. Por último, la etapa expansionista implica la consolidación de la presencia de la cuestión de la seguridad como una pieza fundamental de los informativos. Este proceso va conformando las características de la noticia policial actual, tal como se indica en el último apartado. In this article, we carry out a historical overview of audiovisual crime news in Argentina. We aim to
reconstruct the trajectory of this journalistic genre, from its first appearances on the small screen
up to 2002, when its current format began to take shape. There are certain obstacles facing our goal,
due to the shortcomings of audiovisual media preservation in Argentina. Despite these difficulties,
our analysis is based on the fragmentary audiovisual materials that are nevertheless available, complemented by meta-discursive texts published in print sources and the literature on the subject.
As a result of our investigation, we propose a periodization of the history of television crime
news, identifying four distinct periods. There is an institutional period, in which the first audiovisual images (in film and television) were defined by the voice and viewpoint of the police.
In the second, casuistic period, news programs strengthened their relationship with audiences
through their shared concern over crime. Then we entered a sensationalistic period, as information became intertwined with fiction and journalists turned into detectives tracking down the
preoccupations of their audiences. In the final expansionist period, the topic of insecurity cemented itself as an ongoing and crucial fixture of news programming. This process characterizes
the current state of crime news, as indicated in the last section of our article. Este artigo faz uma revisão histórica da notícia policial audiovisual na Argentina. O objetivo é
reconstruir a trajetória das informações sobre crimes desde os primeiros momentos da televisão
até 2002, quando as caraterísticas atuais das notícias criminais começam a estabilizar-se. Há
uma limitação pela falta de preservação de arquivos audiovisuais na Argentina. Apesar dessas
dificuldades, a análise baseia-se em um conjunto de material disponível de forma fragmentada,
complementado por textos meta discursivos publicados na gráfica, além de uma revisão bibliográfica sobre o tópico.
Como resultado, propõe-se uma periodização da história das notícias televisivas sobre o crime
em quatro etapas. A etapa institucionalista enfoca a maneira pela qual as primeiras imagens
audiovisuais (cinematográficas e televisivas) foram definidas a partir da voz e do olhar policial. A segunda etapa, a casuística, é definida como um momento em que o eixo se estabelece
na consolidação de uma relação entre audiências e noticiários, por meio da proximidade que
permite a preocupação com o crime. No terceiro estágio, o sensacionalista, a ficção se entrelaça
com a informação e o jornalista é transformado em detetive que sai em busca das preocupações
do público. Por fim, o estágio expansionista envolve a consolidação da presença da questão da
segurança como peça fundamental da notícia. Este processo histórico moldeia as características
das notícias policiais atuais, como é indicado na conclusão.