Luchar contra el narcotráfico: comunicación política electoral sobre las drogas ilícitas en Argentina
Abstract
En la Argentina, el narcotráfico ha atravesado desde hace décadas los discursos y prácticas políticas nacionales y ha sido abordado sobre todo desde un enfoque punitivo y prohibicionista. En la campaña electoral para las elecciones presidenciales de 2015, el tráfico y uso de drogas ilícitas fue un tópico de relevancia para la agenda política electoral. Los candidatos intervinieron públicamente sobre cómo abordarían la problemática y diagnosticaron el impacto del fenómeno en la sociedad. Este artículo analiza el discurso político sobre el narcotráfico durante la campaña presidencial de 2015 en Argentina y presenta algunas variables analíticas a trabajar en futuras investigaciones abocadas al discurso sobre la narcocriminalidad y el consumo de sustancias ilícitas. A partir de la revisión de spots audiovisuales, debates presidenciales, entrevistas televisadas, folletería y plataformas electorales de las fuerzas políticas que participaron en la primera y segunda vuelta electoral de 2015, se define de qué modo los candidatos presidenciales trataron el tema e interpelaron a la ciudadanía. Se concluye que el discurso político sobre el narcotráfico se caracterizó por cuatro líneas discursivas principales: la intervención en clave armada, la territorialización del fenómeno de las drogas ilícitas, la gestión de los castigos desde un enfoque legal-normativo y la apelación a la ciudadanía víctima de los perjuicios del narcotráfico, la inseguridad urbana, la corrupción pública y la ineficacia del Gobierno de turno. In Argentina, the topic of drug trafficking has, for decades, been part of the national political conversation. For the most part, it has been approached from punitive and prohibitionist
standpoints. In the runup to the 2015 presidential elections, the consumption and distribution
of illegal drugs became a relevant part of the campaign agenda. Candidates stated how they
would deal with the problem, if elected, and diagnosed the social impact of the issue. This article, then, analyzes the political discourse on drug trafficking during the above electoral period
in Argentina, and offers a few analytical variables worth considering in future investigations on
drug-related crime and the consumption of illegal substances. By reviewing audiovisual ads,
presidential debates, television interviews, pamphlets, and the electoral platforms of the parties
and coalitions involved in the first and second rounds of the 2015 elections, we define how
presidential hopefuls dealt with the topic at hand and reached out to their potential electors. We
conclude that the political discourse on drug trafficking was characterized by four main discursive through-lines: the promise of armed intervention, the territorialization of the illegal drug
phenomenon, the application of legal-normative punishment, and the appeal to a citizenship
victimized by drug trafficking, urban insecurity, political corruption, and the inefficiency of the
incumbent government. Na Argentina, o narcotráfico atravessa os discursos e práticas políticas nacionais há décadas e é
abordado, sobretudo, com uma abordagem punitiva e proibicionista. Na campanha eleitoral para
as eleições presidenciais de 2015, o tráfico e uso de drogas ilícitas foi um tema relevante para
a agenda política eleitoral. Os candidatos intervieram publicamente sobre como abordariam o
problema e diagnosticaram o impacto do fenômeno na sociedade. Este artigo analisa o discurso
político sobre o tráfico de drogas durante a campanha presidencial de 2015 na Argentina e apresenta algumas variáveis a serem trabalhadas em pesquisas futuras dedicadas ao discurso sobre a
narcocriminalidade e o consumo de substâncias ilícitas. Com base na revisão de spots audiovisuais, debates presidenciais, entrevistas televisivas, brochuras e plataformas eleitorais das forças
políticas que participaram no primeiro e no segundo turnos eleitorais de 2015, define-se como
os postulantes trataram o assunto para os cidadãos. Conclui-se que o discurso político sobre o
narcotráfico se caracterizou por quatro linhas discursivas principais: intervenção em um código
armado; a territorialização do fenômeno das drogas ilícitas, a gestão das penas desde um enfoque jurídico-normativo e a interpelação aos cidadãos vítimas do narcotráfico, da insegurança
urbana, da corrupção pública e da ineficácia do então Governo Nacional