Representaciones en los medios impresos : movimiento indígena y paro nacional en Ecuador
Abstract
En concordancia con la Ley Orgánica de Comunicación (LOC) y la Constitución del Estado
ecuatoriano, las cuales establecen, en primera instancia, el derecho a la difusión de conteni dos que reflejen la cosmovisión de los 17 pueblos y nacionalidades, así como el cumplimiento
por parte de los medios de comunicación del desarrollo de una comunicación basada en los
principios de interculturalidad y pluriculturalidad, este artículo tiene como finalidad analizar
el marco normativo vigente en relación con la producción comunicativa del diario El Comercio
en Ecuador, tomando como referencia la protesta social de octubre, que fue un conjunto de
manifestaciones, demandas y movilizaciones desarrolladas desde la sociedad civil en oposición
a las medidas y paquetes económicos adoptados por el presidente Lenín Moreno. Durante doce
días –del 1 al 13 de octubre–, Ecuador, como otros países del continente, se debatieron entre
la reactivación de la inconformidad social, la acción colectiva y la movilización social versus
la intimidación estatal, el uso de la represión y el desarrollo de una comunicación polarizada
con una parte del conflicto. La información recabada expresa la permanencia del estigma y la
subvaloración del indígena como sujeto político en dos escenarios: primero, en la disputa por el
espacio público, entendido como un campo de tensiones, asimetrías y lucha de clases, y segundo,
en el plano de la legitimidad y la participación política, es decir, la construcción del imaginario
discriminatorio en contra del indígena desde el discurso mediático. Ambas miradas configuran
un uso instrumental de la comunicación por parte de los medios tradicionales, traducido en
formas de diferenciación, exclusión social y legitimización de lógicas de acumulación y pro yectos hegemónicos. Desde esta perspectiva, se construye un objeto de investigación que da
cuenta de la construcción de la participación del sector indígena en el paro de octubre desde la
prensa ecuatoriana, en observancia al desarrollo de una comunicación intercultural propugnada
por órganos de regulación y marcos normativos, como la Ley Orgánica de Comunicación y la
Constitución de Montecristi (2008), denominada de este modo en honor a la ciudad natal del
expresidente del Ecuador Eloy Alfaro. ador’s Organic Law of Communication (LOC) and its 2008 Constitution promote the pro duction of contents that reflect the worldviews of the country’s 17 nationalities and ethnici ties, and tasks news media with producing information based on intercultural and pluricultural
principles. Our paper analyzes this regulatory framework in the context of how the El Comercio
newspaper in Ecuador covered the protests of October 2019. is period was marked by popular
demands and unrest, as civil society rose in opposition to the economic policies of president
Lenín Moreno. From October 1 to October 13, Ecuador – like other countries in the region –
was torn between dissent, collective action, and social mobilization, on the one hand; and state
intimidation, repression, and biased media coverage, on the other. Our survey reveals the stig mas and belittlement that indigenous peoples continue to face as political subjects. is can be
seen both in the dispute over public space – an arena crisscrossed by tensions, asymmetries of
power, and class conflict – and in the debate over political participation and legitimacy, where
the media discourse has woven a discriminatory imaginary against indigenous peoples. In both
cases, communication is instrumentalized by traditional media outlets, contributing to differen tiation, social exclusion, and the legitimation of accumulation and hegemony. From this point
of view, we give shape to an object of study that can account for how the Ecuadorian press por trayed the indigenous sector’s participation in the October protests, and which encourages the
development of intercultural communication, as advocated by regulatory bodies and normative
frameworks such as the Organic Law of Communication and the Constitution of Montecristi
(2008), so called in honor of the birthplace of Eloy Alfaro, Ecuador’s ex-president. e acordo com a lei orgânica de comunicação (LOC) e com a Constituição do Estado equato riano, que estabelecem, em primeira instância, o direito à difusão de conteúdos que reflitam a
visão de mundo dos povos das nacionalidades, bem como o cumprimento por parte do meios de
comunicação para o desenvolvimento da comunicação com base nos princípios da intercultura lidade e multiculturalismo, este artigo tem como objetivo analisar o marco regulatório atual em
relação à produção comunicativa do jornal El Comercio no Equador. Tomando como referência
o protesto social de outubro: um conjunto de manifestações, greves e coalizões desenvolvidas a
partir da sociedade civil, em oposição ao conjunto de medidas e pacotes econômicos adotados
pelo presidente Lenin Moreno. Durante doze dias - do 1 ao 13 de outubro - o Equador, junto com
outros países do Cone Sul, debateram entre a reativação da discordância social, a ação coletiva
e a mobilização social; versus intimidação estatal, o uso da repressão e o desenvolvimento de
comunicação polarizada com uma das partes no conflito. As informações coletadas expressam a
permanência do estigma e a desvalorização do indígena como sujeito político em dois cenários;
primeiro, na disputa pelo espaço público, entendido como um campo de tensões, assimetrias e
luta de classes; e, em segundo lugar, ao nível da legitimidade e participação política; ou seja, a
construção do imaginário discriminatório contra os indígenas a partir do discurso da mídia.
Ambas as visões configuram um uso instrumental da comunicação na mídia tradicional, tra duzido em formas de diferenciação e exclusão social, legitimação de lógicas de acumulação e projetos hegemônicos. Nessa perspectiva, constrói-se um objeto de investigação que dá conta da
construção da participação do setor indígena na greve de outubro da imprensa equatoriana, em
cumprimento ao desenvolvimento de uma comunicação intercultural preconizada por órgãos
reguladores e marcos normativos como a Lei Orgânica de Comunicação e a Constituição de
Montecristi (2008), em homenagem à cidade natal do ex-presidente do Equador, Eloy Alfaro.