La pregunta como estrategia de participación intraáulica en institutos preuniversitarios de la Universidad Nacional de San Juan, Argentina

Abstract

El presente artículo se focaliza en la conformación de las trazas enunciativas orientadas a incentivar el diálogo intraáulico que desarrollan las docentes de los tres institutos preuniversitarios dependientes de la Universidad Nacional de San Juan (UNSJ, Argentina). Para ello, la lente analítica ha sido posicionada en la práctica de diversas modalidades de pregunta orientadas a estudiantes y las ha entendido como herramientas desplegadas para el desarrollo de la participación prepautada. En este sentido, el trabajo aquí presentado se erige a partir de dos enfoques conceptuales que han funcionado como un andamiaje relacional: el abordaje de la comunicación como interacción en el espacio áulico (Green, 1983) y las contribuciones conceptuales de la etnografía de la comunicación (Saville-Troike, 2005). Tal posicionamiento ha permitido comprender el diálogo intraáulico como una práctica social regulada por las docentes. Esta comunicación se sustenta sobre la base de un estudio de caso, estructurado a partir de una estrategia metodológica de doble acceso: en primer lugar, se propuso una instancia descriptiva, a través de la cual se caracterizaron las prácticas comunicacionales intraáulicas a partir de la construcción de un sistema de variables que sienta sus bases en las funciones del lenguaje de Jakobson (1984); en la estructura básica de Intercambio, Respuesta y Feedback (IRF) de Sinclair y Coulthard (1978) y en la Regla de los Dos Tercios de Flanders (1977). En segundo lugar, otra instancia comprensiva se centró en el análisis de las estrategias enunciadas por las docentes, orientadas a incentivar el diálogo. Entre los hallazgos, se destaca el desarrollo de una tipología de estrategias de apertura dialógica en el contexto áulico, que posibilitó constatar una tendencia a la complejización en la participación del estudiantado, vinculada con su tiempo de tránsito por la institución.

is paper looks at the formulation of enunciative traces that encourage classroom dialogue, developed by teachers at three pre-university institutions within the National University of San Juan (UNSJ, Argentina). To this end, our analytical lens focuses on the diverse types of questions posed to students, understanding these as tools for the development of predefined participation. In this sense, we worked with two conceptual pillars, which function as a relational framework: communication as interaction within the space of the classroom (Green, 1983) and the conceptual contributions of the ethnography of communication (Saville-Troike, 2005). ese pillars have allowed us to understand classroom dialogue as a social practice regulated by teachers. Our work consists of a case study, structured via a two-pronged strategic methodology. First, we proposed a descriptive instance, in which we defined classroom communication practices following the creation of a system of variables based on Jakobson’s language functions (1984); the basic structure of Initiation, Response, and Feedback (IRF) as set out by Sinclair and Coulthard (1978); and Flanders’ rule of two-thirds (1977). In a second instance, we centered on the analysis of strategies articulated by teachers and aimed at incentivizing dialogue. Among our findings, we highlight the development of a typology of dialogue-starting strategies in the context of the classroom, which allowed us to identify a tendency towards increasing complexity in student participation, depending on how much time the student has spent in the institution.

O presente artigo avança sobre a conformação das traças enunciativas orientadas a incentivar o diálogo dentro da aula desenvolvido pelos docentes dos três institutos pré-universitários dependentes da Universidade Nacional de San Juan (UNSJ-Argentina). Por isso, a lente analítica tem sido posicionada na prática de diversas modalidades de pergunta orientadas a estudantes, entendendo-as como ferramentas realizadas para o desenvolvimento da participação definida com antecipação. Neste sentido, o trabalho aqui apresentado surge a partir de dois enfoques conceituais que têm funcionado como uma estrutura relacional: a abordagem da comunicação como interação no espaço áulico (Green, 1983) e a etnografia da comunicação (Saville-Troike, 2005). Este posicionamento tem permitido compreender o diálogo dentro da aula como uma prática sociais regulada por docentes. O plano metodológico sobre o qual se tem sustentado esta comunicação, tem consistido em um estudo de casos, estruturado a partir de um duplo acesso: um momento descritivo pelo qual se caracterizaram as práticas comunicacionais dentro da aula a partir da construção de um sistema de variáveis que estabeleça suas bases nas funções da linguagem de Roman Jakobson (1984); a estrutura básica de Intercâmbio, Resposta e Feedback (IRF) de Sinclair e Coulthard (1978) assim como a Regra dos Dois Terços de Flanders (1977). E outra instância abrangente focada na análise das estratégias enunciadas pelos professores, com foco no incentivo ao diálogo. Entre as descobertas se destaca o desenvolvimento de uma tipologia de estratégias de interrogação em contexto áulico, a qual permitiu constatar uma tendência de complexidade na participação dos estudantes, vinculada ao seu tempo de trânsito pela instituição.