De las salas a los píxeles: las políticas de apoyo a la industria cinematográfica en la Argentina (2016-2018)

Abstract

En el presente trabajo analizaremos las políticas de apoyo al cine nacional durante el período 2016-2018 en relación con la dinámica general de la industria audiovisual, atravesada por la convergencia y la digitalización, y de la evolución del sector de acuerdo con las nuevas regulaciones que se desprenden de los instrumentos de fomento lanzados a principios de 2017. Asimismo, estudiaremos el modo en que las transformaciones en el ecosistema de la producción audiovisual ampliada (radiodifusión por vínculo físico, plataformas y canales de TV) repercuten en el destino de los recursos que alimentan el Fondo de Fomento Cinematográfico, dada la interdependencia entre estos sectores. El nuevo Plan de Fomento implementado por el Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA) en 2017 (Resolución 1/2017 y anexos) ha redefinido instrumentos centrales de apoyo al cine nacional en función de la necesidad de captar audiencias acordes a los distintos modelos de producción (cine independiente y cine destinado a públicos masivos). No obstante, el establecimiento de nuevas reglas en torno a la percepción de créditos (Resolución 942/2017) y la ausencia de fondos para solventar la solicitud de créditos industriales otorgados de manera directa por el INCAA hasta el ejercicio presupuestario correspondiente al 2019 (Resolución 1565- E/2017) generan un escenario incierto a futuro dentro de la industria cinematográfica. Aun así, a pesar de los vaivenes políticos y la evolución de los sectores afines, el apoyo al cine nacional se ha constituido a lo largo de los últimos años en una política de Estado, lo que garantiza cierta estabilidad en el funcionamiento de la industria.

In this paper, we analyze policies in support of Argentine cinema during the 2016-2018 period. In doing so, we consider the audiovisual industry’s overall situation, marked by convergence and digitalization, and the sector’s evolution in response to regulations introduced by development programs launched at the beginning of 2017. At the same time, we study how transformations in the widening ecosystem of audiovisual production (broadcasting via physical media, soware platforms, and TV channels) affect how funds from the Fondo de Fomento Cinematográfico (Film Development Fund) are utilized, given the interdependency of the aforementioned areas. A new development plan, implemented by the Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (National Institute of Cinema and Audiovisual Arts) in 2017 (Resolution 1/2017 and annexes), has redefined central support instruments in view of the need to attract different audiences associated with different production models (independent or mass market cinema). Nevertheless, the establishing of new rules regarding the reception of subsidies (Resolution 942/2017) and the absence of funds to back industrial subsidies awarded by the National Institute of Cinema and Audiovisual Arts up to the 2019 fiscal year (Resolution 1565-E/2017) augur an uncertain future for the local film industry. However, despite political upheaval and the evolution of the audiovisual sector, support for Argentine cinema has become, in the past few years, a matter of state policy, which guarantees a degree of stability in how the industry operates.

Neste artigo analisamos as políticas de apoio ao cinema argentino durante o período 2016- 2018 - em relação com a dinâmica geral da indústria audiovisual, atravessada pela convergência e a digitalização - e com a evolução do setor de acordo com as novas regulações surgidas junto com os novos instrumentos de incentivo e promoção lançados no início de 2017. Além disso, vamos estudar como as transformações dadas no ecossistema da produção audiovisual ampliada (plataformas de difusão de ligação física e canais de TV) afetam o destino dos recursos responsáveis pela alimentação do fundo de desenvolvimento do cinema (Fondo de Fomento Cinematográfico), dada a interdependência entre esses setores. O novo Plano de Desenvolvimento implementado pelo INCAA em 2017 (Resolução 1/2017 e anexos) tem redefinido instrumentos chave de apoio ao cinema argentino com base na necessidade de captar audiências em sintonia com os diferentes modelos de produção (cinema independente e cinema destinado ao público massivo). No entanto, o estabelecimento de novas regras relativas à percepção de créditos (Resolução 942/2017) e a ausência de recursos para liquidar a solicitação de empréstimos industriais concedidos diretamente pelo INCAA até o exercício correspondente a 2019 (Resolução 1565-E/2017) geram um cenário futuro incerto dentro da indústria cinematográfica. Mesmo assim, apesar das oscilações políticas e da evolução dos sectores relacionados, o apoio ao cinema nacional foi constituído ao longo dos últimos anos como uma política de Estado, o que garante certa estabilidade no funcionamento da indústria.